Governo Federal libera emendas e Lula toma à frente das negociações com Congresso para aprovar Medida Provisória de Fernando Haddad

  • 12/06/2025

Em meio ao desgaste crescente com o Congresso Nacional, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou os esforços para destravar a liberação de emendas parlamentares e assim conter a reação negativa à nova medida provisória da equipe econômica.

Na tentativa de blindar o pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o Palácio do Planalto acelerou os cálculos e o empenho de valores previstos para 2025. De acordo com interlocutores do governo, somente nesta quarta-feira, dia 11 de junho, foram pagos R$ 250 milhões em emendas. A movimentação busca aplacar a insatisfação de partidos como União Brasil e Progressistas (PP), que juntos somam 109 deputados e ocupam quatro ministérios no governo Lula, mas já sinalizaram que rejeitarão a proposta caso não haja contrapartida em cortes de despesas.

Desde o domingo passado, dia 8, o ministro Fernando Haddad apresentou aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de líderes da base, a proposta do Governo para compensar o aumento do IOF. As linhas gerais da medida provisória, entre outros pontos, passa a tributar aplicações antes isentas de Imposto de Renda, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), com alíquota proposta de 5%.

O presidente Lula decidiu agir diretamente. Ele passou a quarta-feira fazendo ligações para figuras influentes do Congresso, começando por Hugo Motta, para buscar respaldo mínimo à MP que altera as alíquotas do IOF.