Vereadores de Fortaleza aprovam projeto de lei que define futuro de empregados da extinta Fagifor. Câmara Municipal registra protestos de servidores na votação

  • 05/06/2025

A Câmara Municipal de Fortaleza aprovou, nesta quarta-feira, dia 4 de junho, projeto de lei que trata da inclusão dos empregados da Fundação de Apoio à Gestão Integrada em Saúde de Fortaleza (Fagifor) no quadro de funcionários da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A proposta foi votada em sessão extraordinária. Foram 32 votos favoráveis e nove votos contrários.

O líder do Governo na Casa, vereador Bruno Mesquita (PSD), reforçou o compromisso do Executivo com os serviços prestados à população e garantir direitos aos servidores da Fagifor. “A mensagem transforma os servidores que eram CLT em servidores estatutários, ou seja, eles passam a pertencer ao quadro de funcionários do município de Fortaleza. Nós vamos garantir a eles o IPM Saúde, Previdência e todos os benefícios que os funcionário têm. Além disso, eles ainda podem ganhar mais se tiver títulos, dependendo do local onde eles ser remanejados para trabalhar os locais de lotação, eles também terão a remuneração”, afirmou Bruno Mesquita.

A categoria está insatisfeita com a proposta enviada ao legislativo. Reclama de isonomia de direitos e carga horária mais alta. Manifestantes lotaram a galeria da Câmara Municipal para acompanhar a votação. A Guarda Municipal de Fortaleza foi acionada para evitar tumulto.

A redução na jornada é uma questão que, segundo Bruno Mesquita, pode ser tratada pela categoria em outro momento. “É uma luta deles, é importante para a categoria, a gente respeita, mas a gente no momento tem que pensar no povo de Fortaleza. O povo que está reclamando de saúde, a gente pode passar pelo maior caos da saúde pública e a gente não pode abrir mão dessas 60 horas de cada funcionário”, disse o líder do prefeito Evandro Leitão.

A Fagifor foi extinta na reforma administrativa realizada pelo prefeito de Fortaleza. Com a mudança, os trabalhadores vinculados à fundação, antes regidos pela CLT, passam a ser servidores estatutários. No total, 2.442 profissionais devem ser afetados. Apenas neste ano, o novo enquadramento deve envolver 1.476 funcionários.