Gravações da PF complicam a situação de Temer em reta final do mandato

  • 11/09/2018

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Em reta final de mandato, a situação do presidente Michel Temer só se complica politicamente e criminalmente. Após concluir o inquérito que apontou indícios de recebimento de propina da Odebrecht pelo presidente Michel Temer, a Polícia Federal (PF) anexou na investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) quatro arquivos de áudio que contém diálogos entre entregadores de dinheiro a serviço da empreiteira e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo do emedebista e citado por delatores como seu captador financeiro .
Os áudios são gravados pelos funcionários de empresa do doleiro Álvaro Novis, responsável por fazer entregas de dinheiro a políticos a mando da Odebrecht. A empresa gravava automaticamente os telefonemas dos seus funcionários e, posteriormente, Novis entregou o material aos investigadores, como parte de sua delação premiada. Segundo as investigações, executivos da Odebrecht participaram de um jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, para acertar o repasse de R$ 10 milhões da empreiteira ao partido naquele ano. Desse total, R$ 1,4 milhão teria sido entregue a Temer por meio do coronel Lima. O Planalto afirmou que “não comentaria interpretações que não se baseiam em fatos”.