PF prende suspeitos de hackear telefones de Moro e Dallagnol, mas diz não estar investigando jornalista Glenn Greenwald
A Polícia Federal desencadeou a chamada “Operação Spoofing” e prendeu, nesta nesta terça-feira, dia 23 de julho, quatro pessoas sob suspeita de hackear telefones de autoridades, incluindo o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. A PF não divulgou detalhes da investigação. Moro e Dallagnol têm sido os principais atingidos com o vazamento de áudios em reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil, em parceria com a Folha de São Paulo, Veja e o jornalista Reinaldo Azevedo, da Band News, que questionam a postura do ex-juiz e do procurador na Lava Jato.
O diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, informou ao STF que “a conduta” do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, não está sob investigação. A comunicação foi enviada ao Supremo após o ministro Dias Toffoli pedir explicações à PF a partir de ação do partido Rede Sustentabilidade.
O partido pediu que o STF suspenda eventuais investigações contra o jornalista, autor de reportagens que mostraram diálogos entre o ministro da Justiça Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato. Segundo o Intercept, as mensagens foram entregues ao site por uma fonte. Por Lei, o jornalista tem direito de preservar a identidade da fonte da matéria jornalística.
O jornalista Leandro Demori, editor do site The Intercept Brasil, ironizou a Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal, em São Paulo. “Só pra lembrar: nem tentem descredibilizar o arquivo. Não lutem contra os fatos, todos empilhados aqui”, se referindo ao material que ainda esta sendo analisado, para posterior publicação.