Toffoli defende que minoria de processos da Lava Jato sejam anulados. Lewandowski avalia que devem ser todos
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, defende que uma minoria de casos já sentenciados da Lava Jato seja revista com base no novo entendimento sobre a ordem de fala dos acusados em processos. Ele propõe que só sejam revistas sentenças em que os réus acusados questionaram ainda na primeira instância o formato de apresentação de considerações finais nos processos e em situações em que fique demonstrado que houve prejuízo com essa negativa. Revisar a sentença significa voltar a estaca zero.
Nestes casos estão incluídos o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Sítio de Atibaia, o de Adir Assad, que foi operador financeiro condenado em processo de 2015, mas que depois decidiu virar delator e deixou a prisão, e do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira também havia solicitado na primeira instância esse benefício.
De passagem por Fortaleza, nesta sexta-feira, dia 4 de outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski voltou a defender que todos processos da Lava Jato, onde os delatores falaram por último, sem a defesa do delatados, devem ser anulados sem exceção.