Ações do Ministro da Saúde contra o coronavírus geram desgaste na relação com presidente Jair Bolsonaro
As ações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no combate ao crescimento de casos do coronavírus no Brasil tem gerado desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro. A avaliação de Bolsonaro é de um discurso de “histeria”. Segundo ele, o papel do poder público deveria ser de acalmar a população, não o de estimular o pânico. Mandetta tem defendido que as pessoas não participem de aglomerações e adotem medidas de precaução, além de ficarem em isolamento se tiverem sintomas. E esta é a postura que vem sendo utilizada em todos os países atingidos pela pandemia, inclusive, nos Estados Unidos. É necessário o isolamento social para evitar uma maior disseminação do coronavírus.
O descaso de Jair Bolsonaro com o avanço da doença recebe críticas de todos os lados. Inclusive, de eleitores. Na noite de terça-feira, dia 17 de março, foram registrados “panelaços”, como protestos, das janelas dos apartamentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Nesta quarta-feira, a ação deve se repetir.
Ainda na terça-feira, o deputado Leandro Grass (Rede-DF) apresentou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment de Bolsonaro. Dentre os motivos que justificam o pedido, estão os constantes ataques à imprensa, aos outros poderes da República e o endosso para que acontecessem, contra as orientações da Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, as manifestações bolsonaristas de domingo passado, dia 15 de março.