Ciro Gomes, Haddad e Boulos pedem renúncia de Bolsonaro em manifesto

  • 30/03/2020

As inúmeras demonstrações de incapacidade administrativa e de gerenciamento da crise envolvendo a pandemia do coronavírus fizeram os ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), além do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pedirem a renúncia do presidente Jair Bolsonaro. “Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países”,  diz o documento.

Outros políticos como o ex-governador do Paraná, Roberto Requião (MDB-PR), o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, do PSB, Carlos Siqueira, do PDT, Carlos Lupi, do PCB, Edmilson Costa, Juliano Medeiros, do PSOL, Luciana Santos, do PCdoB, também endossam o manifesto.

O documento ainda diz: “Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários”.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), ainda vai mais longe. Ele afirma que o presidente Jair Bolsonaro pode ser acusado de crimes contra a humanidade por desrespeitar reiteradamente as determinações sanitárias no combate à covid-19. “Cada um que tome as ações conforme sua consciência determinar e depois seja responsabilizado por seus atos. Amanhã a responsabilidade virá e infelizmente pode ser muito dura. Esse não é o momento de desafiar ou fazer política”, acrescentou o governador carioca.