Autoridades de saúde e governadores mostram preocupação com o afrouxamento do isolamento social nas grandes cidades
O aumento de casos e de mortes por coronavírus no Brasil acende o sinal de alerta para o afrouxamento do isolamento social nas grandes cidades. Parte da população brasileira está ignorando os apelos para ficar em casa. O monitoramento do Governo de São Paulo, onde está a maior quantidade de pacientes infectados e de óbitos por Covid-19, apontou que somente 47% das pessoas respeitaram a quarentena no Estado nos últimos dias. Após o feriado da Semana Santa, se os índices de isolamento social continuarem baixando na Capital Paulista, o governador João Dória promete endurecer as medidas contra quem desrespeitar a quarentena, que vão desde multa até prisão.
Enquanto isso, a maior autoridade do País, o presidente da República, Jair Bolsonaro, segue na contramão da OMS e de chefes de Estado de todo o mundo. Continua a incentivar que as pessoas voltem às ruas. O risco real é de disparo no número de casos e o consequente colapso do sistema de saúde do País, que não terá condições de absorver a quantidade de pacientes infectados. Em Manaus (AM), este problema já existe.
Se o presidente da República trata a pandemia sem a devida atenção, o perigo é que muitas pessoas sigam o exemplo e favoreçam que a curva de contágio se acentue. Bolsonaro continua a brincar com os efeitos desastrosos da Covid-19, já vistos nos principais países do mundo. Centenas de mortos todos os dias.
E as autoridades de saúde alertam: se o Brasil não aderir ao isolamento social com um percentual de pelo menos 70%, todos nós vamos pagar um preço ainda mais alto. E com a perda de muitas vidas humanas. Infelizmente, há pessoas que não enxergam essa realidade e preferem menosprezar o que a Ciência tenta mostrar.