Assembleia Legislativa e Ministério Público exigem provas do Sindicato dos Médicos de que profissionais estariam sendo obrigados a atestar mortes por Covid-19
Deputados estaduais exigiram durante sessão virtual, nesta quinta-feira, dia 14 de maio, que o Sindicato do Médicos do Ceará apresentasse provas sobre denúncias de que profissionais de Medicina estão sendo obrigados a atestar óbitos como Covid-19 em unidades de saúde do Estado.
O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, José Sarto, considerou como “desserviço” a postura da entidade médica, afirmando que era preciso a apresentação de provas das supostas denúncias. O Sindicato dos Médicos emitiu uma nota assinada pelo seu presidente Edmar Fernandes. Ele deverá ser convocado pela Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre as denúncias, que atingem todos os profissionais médicos que estão na linha de frente de combate à pandemia na Capital.
O Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) considerou as denúncias como “genéricas”. Em nota, a entidade diz que as suposições feitas pelo Sindicato dos Médicos “maculam a categoria médica como um todo, em sua honra e dignidade, ao inferir que os médicos estariam aceitando cometer tamanha transgressão ética”.
O caso também já chegou ao Ministério Público do Estado do Ceará, que solicitou ao Sindicato dos Médicos mais esclarecimentos sobre a denúncia de que profissionais de saúde estariam sendo pressionados a emitir atestados de óbito por Covid-19 sem comprovação por testes.
De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde do Ceará divulgado no início da noite desta quinta-feira, dia 14 de maio, o Estado chegou a 21.077 casos confirmados e 1.413 mortes por Covid-19. No Brasil, o Ministério da Saúde atesta 202.918 casos confirmados e 13.993 mortes, sendo 844 delas confirmadas nas últimas 24 horas.