Governo Bolsonaro exonera responsável por monitorar o desmatamento da Amazônia no Inpe

  • 13/07/2020

O Brasil vem recebendo críticas de vários organismos internacionais pelos altos índices de desmatamento e queimadas na Amazônia. Investidores internacionais já informaram formalmente o Governo Brasileiro que não vão aportar nenhum recurso no País se nenhuma providência concreta seja tomada. O agronegócio brasileiro já começa a sentir o reflexo com o boicote a produtos nacionais no mercado internacional.

Por outro lado, o Governo Bolsonaro continua a manter a estratégia destrutiva dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que só isolam cada vez mais o Brasil das relações comerciais com os principais centros importadores.

E o que é pior. O Governo Brasileiro continua a apostar no negacionismo dos índices de desmatamento na Amazônia, já alertados por organismos científicos de todo o mundo. Até mesmo aqui do País. Nesta segunda-feira, dia 13 de julho, foi exonerada a pesquisadora responsável pelo trabalho de monitoramento da devastação florestal no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Lubia Vinhas ocupava o cargo de coordenadora-geral de Observação da Terra do Inpe, departamento responsável pelos sistemas Deter e Prodes, que acompanham o desmatamento da Amazônia. A exoneração foi publicada no Diário Oficial e assinada pelo ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, pasta à qual é vinculada o Inpe. O motivo ainda não foi esclarecido. O Inpe vem alertando o Governo Federal há meses sobre o aumento de queimadas e desmatamento promovido por madeireiros na Amazônia e os efeitos maléficos para o meio ambiente.