Bolsonaro é denunciado no Tribunal Penal Internacional de Haia por descaso no enfrentamento ao coronavírus
O comportamento do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do coronavírus resultou em uma denúncia por crimes contra a humanidade e genocídio formalizada neste fim de semana ao Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia. A iniciativa é liderada por uma coalizão que representa mais de um milhão de trabalhadores da saúde no Brasil e apoiado por entidades internacionais. Bolsonaro, apesar de ter contraído o coronavírus, continua a desrespeitar as regras de isolamento social e a recomendar remédios sem nenhuma comprovação de eficácia científica.
O Brasil tem uma média de 1.074 mortes por Covid-19 nos últimos sete dias. Onze estados voltaram a apresentar o crescimento de casos nas últimas 24 horas. O País conta com 87.052 óbitos por coronavírus e 2.419.901 pessoas infectadas.
Uma carta com duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro foi assinada por 152 bispos, arcebispos e bispos eméritos do Brasil. O texto, chamado de “Carta ao Povo de Deus”, afirma que o Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua história, vivendo uma “tempestade perfeita”. Ela combinaria uma crise sem precedentes na saúde e um “avassalador colapso na economia”.
Entre os que assinam a carta estão o arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, pelo bispo emérito de Blumenau, dom Angélico Sandalo Bernardino, pelo bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson Taschetto Damian, pelo arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, pelo bispo prelado emérito do Xingu (PA), dom Erwin Krautler, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol, e pelo arcebispo de Manaus (AM) e ex-secretário-geral da CNBB dom Leonardi Ulrich.
