Governos tentam antecipar vacinação em massa. Laboratórios estimam que testes seguros só em 2021

  • 12/08/2020

É crescente a pressão de governantes de todo o mundo para iniciar uma vacinação em massa contra a Covid-19. O anúncio do Governo Russo de que vai iniciar uma vacinação contra o coronavírus ainda neste segundo semestre, sem que a vacina descoberta tenha passado por todas as fases de testes exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), gera preocupação dos cientistas sobre a verdadeira eficácia do tratamento preventivo. O Governo do Paraná, através do governador Ratinho Júnior, já tenta fazer uma parceria com a Rússia para ter acesso à vacina, antes mesmo de ela concluir os testes e ter pelo menos aprovação da Anvisa.

No Brasil, o Governo de São Paulo fechou acordo com a empresa chinesa Sinovac para testar sua vacina em quase nove mil voluntários em troca de poder fabricá-la no país. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, estima que se tudo correr dentro do previsto, será possível utilizar a vacina na população no fim de janeiro de 2021.

Mas os testes também prosseguem com outros laboratórios. Para o início do próximo ano também está prevista a conclusão dos testes das vacinas da AstraZeneca e da Universidade de Oxford no Brasil. O terceiro laboratório que testa a sua droga no País, a Pfizer, prevê completar o estudo em novembro de 2022. Nos resta esperar pelo sucesso dos testes, sem precipitação, é claro.