Em meio a briga pelo orçamento de 2021, Paulo Guedes deve propor extensão do auxílio emergencial com valor de R$ 300 e para menos pessoas

  • 19/08/2020

O presidente Jair Bolsonaro sofre pressão dos ministérios pelo aumento das verbas orçamentárias, o que pode resultar no fim do teto de gastos comprometendo a chamada responsabilidade fiscal. Bolsonaro quer manter bons índices de popularidade com a extensão do pagamento do auxílio emergencial e destinando verbas para obras de infraestrutura. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta colocar o pé no freio mas parece estar difícil. O mercado financeiro teme as perdas que o furo no teto de gastos possa causar.

A extensão do auxílio emergencial até dezembro está em discussão no Governo Federal e no Congresso. A oposição defende manter mais três parcelas de R$ 600. A equipe de Guedes quer reduzir para R$ 300 e com menos pessoas beneficiadas.

Para 2021, Paulo Guedes trabalha para que o chamado Renda Brasil, programa que o governo prepara para substituir o Bolsa Família, comece a vigorar em janeiro.  deverá enviar a proposta ao Congresso nas próximas semanas. O programa deve atender de 20 a 21 milhões de famílias no país. O novo modelo prevê o pagamento do benefício às 14 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família, mais 6 ou 7 milhões de famílias que recebem o auxílio emergencial. O programa deverá pagar em torno de R$ 300 às famílias assistidas.