Aproximação de Bolsonaro com Rodrigo Maia, Alcolumbre e Dias Toffoli gera revolta entre os próprios apoiadores
Os últimos movimentos do presidente Jair Bolsonaro de aproximação com integrantes do Legislativo e Judiciário têm gerado descontentamento entre os seu próprios apoiadores. No último fim de semana, Bolsonaro jantou na casa do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do indicado para a vaga do ministro Celso de Mello no STF, Kassio Nunes Marques. Este último, motivo de críticas ácidas na bancada evangélica e dos bolsonaristas mais radicais.
A mudança de postura de Bolsonaro incluiu até um café da manhã que o presidente tomou nesta segunda-feira, dia 5 de outubro, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de quem costuma ser crítico. O presidente aponta a necessidade de aprovar medidas que podem deixá-lo em condições de disputa nas eleições de 2022. É o caso da criação do Renda Cidadã, programa que substituirá o Bolsa Família, que precisa encontrar recursos financeiros para ser viabilizado com a aprovação do Congresso.
O movimento de Bolsonaro é bem claro. Ele tenta blindar o seu mandato, que enfrenta críticas nas áreas econômica, ambiental e na educação. As investigações que cercam a família Bolsonaro também complicam o cenário, após a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz. A estratégia usada pelo Presidente tem sido de diminuir o enfrentamento e buscar uma relação harmônica com o Legislativo e o Judiciário, apesar do grito das suas bases eleitorais.