Enquanto Anvisa promete dar parecer de vacinas no domingo, Ministério da Saúde quer “empurrar” a cloroquina nos estados
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que está prevista para o próximo domingo, dia 17 de janeiro, a reunião de sua Diretoria Colegiada que decidirá sobre pedidos de autorização para uso emergencial, temporário e experimental das vacinas do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contra a Covid-19. A data é o penúltimo dia do prazo estabelecido pela própria agência como meta para análise dos pedidos.
O Ministério da Saúde, que deveria estar se preocupando com o plano de vacinação do País, resolveu pressionar o Governo do Amazonas, que passa por um crescimento desenfreado de casos da Covid-19, a utilizar os estoques de cloroquina do Ministério como forma preventiva da doença. Especialistas de todo o mundo já afirmaram que o remédio não tem qualquer eficácia, porém o Governo Bolsonaro insiste em “receitar” o medicamento que pode trazer até complicações ao paciente.
Secretários estaduais de Saúde reagiram com espanto ao ofício enviado pelo Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro para a Prefeitura de Manaus, pressionando-a a distribuir remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19 e classificaram o documento como “esdrúxulo” e “loucura”. Enquanto o mundo discute a vacina, o Brasil fala em remédios que não funcionam.
