Em meio ao caos provocado pela Covid-19, setores da elite fazem crescer movimento de impeachment de Jair Bolsonaro
Alheio ao caos provocado pela Covid-19 no País, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em live nesta quinta-feira, dia 21 de janeiro, que a política externa brasileira, sob o comando do ministro Ernesto Araújo, “está excepcional”, enquanto, na realidade, o País se torna cada vez mais uma piada mundial. Nos bastidores em Brasília, no entanto, Bolsonaro já busca uma “saída honrosa” para o Ministro das Relações Exteriores que fracassa nas negociações de vacinas e insumos com a China.
Ao mesmo tempo, setores da elite brasileira mostram insatisfação com a condução desastrosa da pandemia pelo Governo Federal. Dois importantes jornais do País trazem editoriais nesta sexta-feira, dia 22, sugerindo o impeachment de Bolsonaro como soluçao para o caos sanitário instalado no Brasil.
“Existem, assim, 56 pedidos sobre a mesa do presidente da Câmara dos Deputados, a quem compete verificar o preenchimento dos requisitos legais e, se for o caso, submetê-los à apreciação de comissão especial, composta por representantes de todos os partidos. O caráter especial dos tempos atuais – apesar do início da vacinação, o País ainda está distante de vencer a pandemia – não deve significar a inviabilidade, por princípio, de qualquer pedido de impeachment”, aponta editorial do Estado de S. Paulo.
Na Folha de S. Paulo, são listados nada menos do que 23 crimes de responsabilidade já cometidos por Jair Bolsonaro na cadeira de presidente da República. “A Folha compilou ao menos 23 situações em que Bolsonaro, em seus dois anos de governo até aqui, promoveu atitudes que podem ser enquadradas como crime de responsabilidade, e que vão da publicação de um vídeo pornográfico em suas redes sociais no Carnaval de 2019 aos reiterados apoios a manifestações de cunho antidemocrático”, diz o jornal.