Câmara Municipal de Fortaleza discute ampliar restrições no acesso à Casa para evitar aglomerações
De volta aos trabalhos nesta semana, a Câmara Municipal de Fortaleza já apresenta as primeiras discussões que geram discordâncias entre os parlamentares. Entrou em pauta, para as primeiras sessões do ano, um Projeto de Resolução que visa ampliar as medidas sanitárias com o objetivo de evitar aglomerações e colaborar no controle de casos da Covid-19 na Capital. A matéria propõe que as reuniões entre os vereadores ocorra de forma virtual às terças e quartas-feiras, com limite de quantidade de vereadores que possam usar presencialmente o plenário da Casa.
O presidente da CMFor, vereador Antônio Henrique (PDT), defendeu o projeto sob a justificativa de garantir mais controle e segurança em respeito à saúde das pessoas. “Só teremos 15 vereadores no plenário, mas os demais participarão de seus gabinetes. Ninguém ficará de fora dos debates da Câmara”, ressaltou em plenário.
As medidas restritivas geram opiniões divergentes entre membros da oposição. O vereador Carmelo Neto (Republicanos) aponta que a “proibição” de acesso ao plenário representa uma tentativa de blindagem para evitar pressão popular diante de temas relevantes a serem postos em votação. Marcio Martins (Pros) pontuou que “o vereador ganha um salário muito bom para reduzir jornada de trabalho”, e que o projeto pode ser visto como “regalia”.
Por outro lado, a vereadora Larissa Gaspar (PT) afirma que essa restrição é uma ação necessária e importante “diante de um pico da pandemia”, visto que todo o Estado do Ceará apresenta aumento no número de casos do novo coronavírus.
