Lula diz que foi vítima de injustiça histórica e acusa Bolsonaro de afundar o País em crise da Covid-19
O ex-presidente Lula realizou, nesta quarta-feira, dia 10 de março, o seu primeiro pronunciamento público após a decisão do ministro do STF, Eduardo Fachin, de anular todas as suas condenações pela Justiça Federal do Paraná relacionadas à Operação Lava Jato e torná-lo novamente elegível. Em discurso emocionado, o líder petista acusou ser vítima de uma injustiça histórica, responsabilizou Bolsonaro pelo alastramento de casos da Covid-19 no Brasil e lamentou o sofrimento do povo brasileiro.
“Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história”, bradou o ex-presidente. Luís Inácio destacou que, apesar de ter passado por investigação, prisão e perdas familiares, sua dor “não se compara ao que sofrem hoje a população do país”. Hoje, livre para a disputa presidencial em 2022, Lula também deu o seu recado para seus apoiadores. “Eu sou o resultado da consciência política da classe trabalhadora do país”. Uma frente dês esquerda para concorrer em 2022, no entanto, só deve ser discutida mais à frente, segundo Lula. “Não é hora pra discutir candidaturas”.
Quando o assunto foi a pandemia e os mais de 250 mil mortos pela Covid-19 no país, o ex-presidente ressaltou a importância do SUS, “apesar do desgoverno tirar investimentos”, e culpou o presidente Jair Bolsonaro pelos números alarmantes da crise sanitária. “Eu vou tomar a vacina. E peço que vocês tomem vacina. Não sigam nenhuma decisão do imbecil do presidente ou do ministro da Saúde. É preciso tomar vacina, cumprir isolamento e usar máscara”. Lula disse que vai tomar a vacina contra a Covid-19, na próxima segunda-feira, dia 15. Depois, a meta é lutar politicamente por mais vacinas para o País e pagamento de um auxílio emergencial justo. “Estou disposto a viajar pelo País para conversar com qualquer força política que deseje mudar a situação que está aí”, disse Lula.
Sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, ainda em julgamento no STF, Lula diz estar tranquilo e que a Justiça virá. “Moro e (Deltan) Dallagnol devem estar sofrendo mais do que eu. Eu sei que não cometi nenhum erro. Eles sabem do erro que cometeram”.
