Pesquisas mostram que elegibilidade de Lula embolou a corrida presidencial para 2022
A semana política foi movimentada com o retorno dos direitos políticos do ex-presidente Lula, determinado por decisão do ministro do STF, Edson Fachin, em anular as condenações contra o ex-petista. Após um discurso à Nação em que criticou duramente a gestão do presidente Jair Bolsonaro e sua condução de enfrentamento à pandemia da Covid-19, Lula conseguiu protagonismo como líder de oposição. A possibilidade de concorrer novamente à Presidência da República em 2022 fez os institutos de pesquisa irem às ruas para medir o impacto da volta do petista ao tabuleiro político nacional.
E os números foram animadores para a esquerda e centro-esquerda. Em pesquisa encomendada pelo jornal espanhol El Pais à consultoria Atlas, o ex-presidente Lula (PT) e os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) venceriam Bolsonaro com ao menos seis pontos percentuais de diferença na disputa de 2° turno. Lula aparece com 44,9% contra 36,9% de Bolsonaro. Ciro também bate Bolsonaro com 44,7% contra 37,5%. Já Mandetta venceria Bolsonaro por 46,6% contra 36,9% em simulação de 2° turno.
Na pesquisa XP/Ipespe divulgada também nesta sexta-feira, dia 12 de março, Lula e Bolsonaro aparecem empatados tecnicamente ainda no 1° turno. Bolsonaro tem 27% das intenções de voto e Lula tem 25%. O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, aparece com 10%; o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9%; e o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido), com 6%. Na simulação do 2° turno, um novo empate técnico com Bolsonaro somando 41% e Lula, 40%.
É claro que a campanha para 2022 ainda está distante, mas vale ressaltar que mesmo Bolsonaro estando na mídia todos os dias e com a máquina do Governo Federal em mãos, os adversários mostram força. Ainda não estão abertamente em campanha e se aproveitam do desgaste do Bolsonaro e sua má administração para colocar os “blocos na rua”. As pesquisas também revelam que Bolsonaro vai perdendo terreno e só mantém, por enquanto, o percentual referente à sua ala de eleitores fanáticos. Muita gente que votou nele em 2018 já abandonou o barco.
