Mudança de Bolsonaro na Saúde frustra até aliados. Centrão acende sinal de alerta
O presidente Jair Bolsonaro anunciou Marcelo Queiroga para o cargo de ministro da Saúde, assumindo o posto antes ocupado por Eduardo Pazuello. Na oposição, a mudança foi considerada como “seis por meia dúzia”. A troca gerou frustração até entre aliados políticos do Centrão. Apesar de agora posicionar um médico no lugar do general de divisão do Exército, o novo titular da pasta já mostrou que não apresentará mudanças na forma de gerenciar a crise sanitária decorrente da pandemia do Covid-19 em avanço no país.
Nome ligado ao senador Flávio Bolsonaro, Queiroga não irá contrariar as insistências negacionistas do presidente que, mesmo com o peso de quase 280 mil mortes pelo novo coronavírus em território nacional, ainda insiste no combate ao lockdown, incentiva aglomerações e o não uso de máscaras. O novo ministro da Saúde foi escolhido pela ala ideológica do Governo.
A indicação do novo ministro é considerada frustrante para o Centrão, por quebrar a expectativa de mudanças antes vista na médica Ludhmila Hajjar. O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, defendia a posse de Hajjar. Ministros do STF também defendiam uma guinada na política de saúde no Ministério.
Parlamentares ligados ao Centrão, que compõem a base de Bolsonaro no Congresso, já afirmam ser esta a última chance do presidente acertar na escolha de um nome para reverter o quadro crítico da Covid-19. Caso contrário, a tendência será um isolamento cada vez maior do presidente. E uma pressão ainda maior sobre os fracassos de sua gestão.
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