Bolsonaro perde ação contra os governadores e dá posse ao novo Ministro da Saúde às “escondidas”
Longe da imprensa, sem convidados e fora da agenda, o presidente Jair Bolsonaro deu posse nesta terça-feira, dia 23 de março, ao médico cardiologista Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde. É o quarto a ocupar o cargo em seu governo. Queiroga foi anunciado como novo chefe da pasta desde a semana passada e assume a função no momento em que o Brasil atingiu nas últimas 24 horas 3.158 mortes por Covid-19. O País se aproxima de 300 mil mortes e vive uma situação de colapso na rede hospitalar, com falta de leitos de UTI, medicamentos para intubação de pacientes e oxigênio.
Também nesta terça-feira, o pedido do presidente Jair Bolsonaro para suspender decretos restritivos dos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul foi rejeitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Assim, as restrições nos estados seguem mantidas para conter a pandemia de Covid-19. Foi mais uma derrota diante do negacionismo do presidente da República no trato com a pandemia.
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, buscam ações para enfrentar a paralisia do Planalto em coordenar o combate à pandemia. A preocupação é com a lentidão na campanha de vacinação. No Ministério da Saúde sobram promessas e pouca ação concreta.