CPI da Covid: estratégia agora é apurar responsáveis no Governo Federal por difusão da cloroquina
Após a primeira semana de depoimentos onde foram ouvidos dois ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e o atual ministro Marcelo Queiroga, senadores da CPI da Covid vão buscar identificar quem são os responsáveis no Governo Federal por compra, distribuição e estímulo ao uso de cloroquina, cuja ineficácia para o tratamento da doença é cientificamente comprovada. Mandetta e Teich disseram em depoimento que, na gestão deles à frente do Ministério da Saúde, não determinaram em nenhum momento a distribuição da cloroquina para a rede de saúde pública.
A CPI já encaminhou vários requerimentos de informações sobre produção, distribuição e custos da cloroquina nos últimos anos para órgãos envolvidos no processo, como o Exército e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que devem apresentar uma resposta à comissão em um prazo de 10 dias úteis.
A próxima semana será de mais movimento na CPI com depoimentos que prometem esquentar ainda mais o cenário político em Brasília. Na próxima terça-feira, dia 11 de maio, fala o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. O ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten, presta depoimento na próxima quarta-feira, dia 12 de maio, No dia seguinte, dia 13, será ouvido o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.