CPI da Covid: “gabinete do ódio” entra na mira dos senadores nesta semana. Aliados temem depoimento de Wajngarten
Os trabalhos da CPI que investiga ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia de Covid-19 serão retomados a partir desta terça-feira, dia 11 de maio, no Senado Federal. E a expectativa é de que a atuação de bolsonaristas nas redes sociais e a difusão de notícias falsas sobre o coronavírus entrem no alvo da comissão.
Nesta terça-feira, dia 11, será ouvido o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, justo após a semana na qual foram ouvidos os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Madetta e Nelson Teich, além do titular do ministério, Marcelo Queiroga.
Na quarta-feira, chega de fato o depoimento esperado para abordar o chamado “gabinete do ódio”: Fabio Wajngarten (foto), ex-secretário de Comunicação Social de Jair Bolsonaro (sem partido). Exonerado da pasta há um mês pelo presidente, o publicitário concedeu entrevistas nas quais responsabiliza o Ministério da Saúde pelo atraso das vacinas e a consequente alta de casos da Covid-19 em território nacional.
O perfil de Wajngarten é visto pelos parlamentares como uma fonte potencial para trazer à tona uma série de revelações de bastidores, apontar o caminho aos erros cometidos pelo governo e aos detalhes sobre a atuação da comunicação bolsonarista nas redes sociais.
Na quinta-feira, dia 13, a CPI fecha a agenda da semana com a presidente da Pfizer no Braisl, Marta Díez, e seu antecessor no cargo, Carlos Murillo.