Lula admite que será candidato a presidente ano que vem e se reúne com FHC. Busca ao centro tenta isolar Bolsonaro
O isolamento político de Bolsonaro se aprofunda a cada pesquisa de opinião que mostra sua queda na popularidade. O percentual de aprovação fica restrita ao eleitorado de extrema direita. Enquanto isso, os adversários na corrida eleitoral se aproximam cada vez mais ao centro político na busca de alianças.
Esta semana, os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso se reuniram no apartamento de Nelson Jobim, ex-ministro do STF e da Justiça e da Defesa, em São Paulo. Os dois políticos que sempre estiveram em lados opostos agora declaram apoio um ao outro. Em entrevista à TV Globo, FHC afirmou que votará em lula nas eleições de 2022, caso o segundo turno fique entre o petista e Jair Bolsonaro. Lula correspondeu dizendo que faria o mesmo se fosse o contrário. A atitude mostra que as forças democráticas caminham para isolar a política do ódio desencadeada pelos bolsonaristas.
A reação à foto de Lula e FHC circulando nas redes sociais foi de raiva pelo presidente Jair Bolsonaro. “Falando em política, para ano que vem já tem uma chapa formada: um ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice”, declarou.
A declaração ocorreu um dia após o ex-presidente Lula afirmar para a revista francesa Paris Match, que será candidato nas eleições de 2022.
O petista conta com vantagem em pesquisas recentes como a do Instituto Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira, 21, onde aponta que o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro já no primeiro turno caso as eleições presidenciais fossem realizadas hoje. O petista teria 43% dos votos válidos contra 24% de Bolsonaro. E 43% contra 41% de todos os demais candidatos somados, de acordo com o levantamento. Num eventual segundo turno, Lula aparece com 55% a 28% de Bolsonaro.