CPI da Covid: senadores convocam governadores. Pazuello e Queiroga serão chamados de novo para depor
Em reunião da CPI da Covid-19, nesta quarta-feira, dia 26 de maio, os senadores aprovaram a convocação de governadores de nove estados investigados pela Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos no combate à pandemia. Foram chamados Wilson Lima (PSC), do Amazonas, Waldez Góes (PDT), do Amapá, Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, Helder Barbalho (MDB), do Pará, Coronel Marcos Rocha (PSL), de Rondônia, Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina (afastado por processos de impeachment), Mauro Carlesse (PSL), do Tocantins, e Wellington Dias (PT), do Piauí.
O ex-governador do Rio de Janeiro deposto por impeachment, Wilson Witzel (PSC), e a governadora em exercício de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido) também foram convocados a prestar depoimento na CPI. O atual governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), ficou de fora da lista.
Os parlamentares decidiram ainda pela reconvocação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, com o objetivo de ouvi-los novamente sobre versões contraditórias acerca de ações e omissões do governo na pandemia. Outros nomes que serão chamados são os de Arthur Weintraub, ex-assessor especial da presidência, Carlos Wizard, empresário, e Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais do governo. Os três são suspeitos de integrar um “ministério paralelo” para aconselhar as decisões do presidente Jair Bolsonaro diante da crise sanitária.
Mesmo após o acordo entre os senadores para definição dos nomes convocados, o senador Eduardo Girão (Podemos) tentou questionar a ausência de prefeitos para o depoimento. A atitude revoltou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), que chamou o parlamentar cearense de “oportunista pequeno” e disse que Girão tem o interesse de “não se investigar porque não foi comprado vacina” e insiste em “impor cloroquina na cabeça do povo”.
