Afastamento de Caboclo da CBF por assédio deixa clima tenso na seleção brasileira e ameaça realização da Copa América
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo neste domingo, dia 6 de junho. Por decisão do Conselho de Ética, o dirigente da entidade máxima do futebol brasileiro está fora de suas funções, inicialmente por 30 dias, após vir à tona denúncias de assédio sexual e moral feitas contra ele por uma funcionária da CBF. O vice com mais idade, Antônio Carlos Nunes, assume durante o período de afastamento. Ainda neste domingo, a TV Globo apresentou no Fantástico uma gravação com áudios em que Rogério Caboclo conversa com a funcionária com insinuações sexuais. O presidente da CBF é acusado de abuso sexual e moral na relação entre chefe e secretária.
O afastamento de Caboclo da CBF deixa o clima ainda mais tenso na seleção brasileira. O grupo de jogadores e comissão técnica reclama da articulação política entre CBF, Conmebol e Palácio do Planalto para o Brasil sediar de última hora a Copa América, rejeitada por Argentina e Colômbia em meio a pandemia.
Rogério Caboclo articulou a vinda da competição com o presidente Jair Bolsonaro e teria se comprometido até em substituir o técnico Tite, que ficou do lado dos jogadores. Os atletas devem se pronunciar sobre a participação ou não na Copa América após o compromisso da seleção brasileira, nesta terça-feira, dia 8 de junho, contra o Paraguai, em Assunção. Nos bastidores, a expectativa é que a saída de Caboclo possa resultar em um acordo entre CBF, Tite e jogadores.