CPI aprova depoimento sigiloso de Witzel e avança na investigação de corrupção na compra da Covaxin
Os senadores integrantes da CPI da Covid aprovaram, nesta quarta-feira, dia 23 de junho, a realização da sessão sigilosa que ouvirá denúncias do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, envolvendo a atuação do Governo Bolsonaro na pandemia. Depoente na semana passada, Witzel afirmou que teria algo “gravíssimo a revelar” ligado às investigações pautadas na comissão parlamentar, mas que só faria isso em segredo de Justiça.
Também foram aprovados os requerimentos por mais informações do Ministério da Saúde sobre a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal. O Ministério Público Federal apontou indícios de corrupção na compra de 20 milhões de doses do imunizante por R$ 1,61 bilhão, o mais caro dentre os adquiridos. Para buscar esclarecimentos sobre o caso, a CPI aprovou o convite ao chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes Miranda, para depor nesta sexta-feira, dia 25. Miranda é um dos servidores que teriam sido pressionados para realizar a importação da Covaxin.
Irmão do servidor, o deputado federal Luís Miranda (DEM) afirmou que o caso é “bem mais grave”. “Havia indícios de irregularidades na forma do contrato e valores muito acima daquilo que era tratado com outras marcas”, denunciou.
Outro requerimento aprovado foi a convocação de representantes das redes sociais Facebook e Twitter, do Google e outros integrantes do governo federal. Foram votados ainda 20 pedidos de informação e pedido de auditoria do Tribunal de Contas da União sobre os gastos federais na motociata bolsonarista realizada com a presença de Bolsonaro.