Sob pressão, Ministério da Saúde decide suspender contrato para compra da Covaxin

  • 29/06/2021

Em meio a investigação que apura indícios de corrupção na compra da Covaxin, o Ministério da Saúde decidiu nesta terça-feira, dia 29 de junho, pela suspensão do contrato firmado para aquisição da vacina indiana. A informação foi confirmada pelo ministro Marcelo Queiroga (foto) em entrevista à CNN.

Queiroga afirmou que “não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”. Assinado em fevereiro deste ano, o contrato com a Covaxin prevê a importação de 20 milhões de doses. As vacinas não foram importadas, pois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou que o imunizante não atendia critérios técnicos.

Contudo, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes Miranda, denunciou que houve “pressão atípica” para que a compra da Covaxin fosse aprovada pela pasta. O governo federal chegou a empenhar 1,6 bilhão para selar o contrato com a farmacêutica.

Na CPI da Covid, em sessão na última sexta-feira, Luís Ricardo e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda, depuseram e colocaram ainda mais pressão sob Jair Bolsonaro (sem partido) e o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, que teria ligação com as irregularidades.

Em suas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) comentou a decisão de Queiroga. “Se não tinha nada de errado, por que irão suspender? Isso só tem um nome! Confissão”.