CPI da Covid aprova convocação de Ricardo Barros, Luiz Domingueti e Ferreira Dias para depor. Wizard ficou calado nesta quarta-feira
A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira, dia 30 de junho, a convocação de nomes diretamente envolvidos nas denúncias de negociações irregulares e pedido de propina para compra de vacinas pelo governo federal. O deputado federal e líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas), o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e o representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Domingueti Pereira, devem depor para prestar esclarecimentos sobre o escândalo que cerca o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Já nesta sexta-feira, dia 2 de julho, Luiz Domingueti vai ao centro dos olhares em Brasília para explicar com detalhes a sua afirmação, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, de que recebeu pedido de propina de US$ 1 para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo Bolsonaro.
Na próxima quarta-feira, dia 7, será a vez de Ferreira Dias comparecer ao Senado Federal, cerca de duas semanas depois do chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério de Logística, Luís Ricardo Fernandes Miranda, apontar indícios de corrupção no contrato fechado com a Covaxin. Dias foi exonerado na noite da última terça, logo após a denúncia de Pereira.
Ricardo Barros deve comparecer à comissão parlamentar de inquérito na próxima quinta-feira, dia 8. O parlamentar foi citado no depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM) aos senadores, no qual afirmou que Bolsonaro ligou o nome de seu líder na Câmara às conversas com os representantes da Covaxin.
Nesta quarta-feira, dia 30 de junho, o empresário Carlos Wizard (foto) compareceu ao Senado Federal, mas permaneceu calado durante a oitiva, sem responder nenhum dos questionamentos dos parlamentares. “Machões da internet ficam caladinhos na CPI”, comentou o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB), sobre a postura do bolsonarista, que é defensor do tratamento precoce e apontado como integrante do “gabinete paralelo” de Bolsonaro para ações na pandemia.