Roberto Dias diz que conversou sobre vacinas com policial e reverendo e reclama que sua exoneração foi “esdrúxula”

  • 07/07/2021

Em depoimento para a CPI da Covid nesta quarta-feira, dia 7 de julho, no Senado Federal, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, alegou que tratou da negociação de vacinas com um policial militar e um reverendo, apontados como lobistas nas denúncias da aquisição irregular de imunizantes pelo governo federal. Além disso, Dias reclamou que a sua exoneração do cargo, um dia após veiculação de matérias que denunciaram o pedido de propina de US$ 1 dólar por dose por parte da Saúde, foi motivada por “fato esdrúxulo e inexistente”.

O ex-diretor disse que, de fato, jantou no restaurante Vasto, em Brasília, com o cabo da PM mineira e representante na venda de vacinas, Luiz Paulo Dominghetti, no dia 25 de fevereiro. Contudo, negou a acusação de ter negociado com propina a aquisição dos imunizantes da AstraZeneca, versão esta narrada por Dominghetti em seu depoimento na comissão de inquérito. Na ocasião, o policial teve o celular apreendido para apuração de fatos.

O reverendo citado por Dias é Amilton Gomes de Paula. O encontro ocorreu, segundo Dias, em agenda oficial, para conversar sobre a compra de imunizantes. Segundo revelou reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, mensagens mostram que Amilton teria recebido o aval do diretor Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, para negociar com o governo federal.