Bolsonaro faz acusações falsas sobre fraude nas urnas, ameaça realização de eleições em 2022 e enfrenta queda sucessiva nas pesquisas

  • 08/07/2021

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a democracia brasileira nesta quinta-feira, dia 8 de julho. Diante de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente da República fez acusações com informações falsas sobre as eleições no País, alegando que ele só seria derrotado em 2022 em caso de irregularidade semelhante às que já teriam ocorrido no passado.

“Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, afirmou Bolsonaro. Esse comportamento é recorrente ao longo do mandato do presidente. Este último ocorre em um cenário em que sua gestão é alvo de investigações e escândalos envolvendo denúncias de esquemas de seus filhos, indícios de corrupção na compra de vacinas, dentre outros processos em andamento.

As pesquisas também apontam que o ex-presidente Lula está cada vez mais à frente do atual chefe executivo nas intenções de votos para 2022. A última PoderData destaca a vantagem de 43% do líder petista contra 29% do atual presidente. No segundo turno, a vantagem é de 23 pontos para Lula.

Nova rodada da pesquisa XP/Ipespe, feita pelo mercado financeiro e divulgada nesta quinta-feira mostra que Jair Bolsonaro tem rejeição recorde da população. Contra Lula, Bolsonaro seria derrotado por 49% a 35% dos votos. 52% dos entrevistados classificam a gestão do presidente da República como ruim ou péssima. Pesquisa Datafolha divulgada também nesta quinta mostrou que 51% classificam o Governo Bolsonaro como ruim ou péssimo. Uma alta de seis pontos percentuais na reprovação em relação a última pesquisa de maio passado. 

Acuado, Bolsonaro e aliados sustentam a defesa da adoção do voto impresso. Na ânsia de tentar provar o seu ponto de vista, Bolsonaro citou até as eleições de 2014 como exemplo, afirmando que Aécio Neves (PSDB) teria vencido o pleito. O próprio vice de Aécio na época, o ex-senador Aloysio Nunes, defendeu que Dilma Rousseff (PT) venceu porque obteve mais votos.