Semana tem início tenso na relação entre Bolsonaro e o Congresso Nacional
As últimas declarações antidemocraticas do presidente Jair Bolsonaro provocaram reação dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. E os dois parece que não vão recuar do que disseram, o que deve aumentar a tensão com o Planalto, apesar de Pacheco e Lira se posicionarem como aliados do presidente da República.
Rodrigo Pacheco afirmou que não aceitará retrocessos à democracia do país e que quem agir nessa direção será considerado inimigo da nação. A declaração irritou Bolsonaro.
Já Arthur Lira seguiu a linha de Pacheco. Disse não ter compromisso com intentos antidemocráticos e criticou manifestações políticas de comandantes militares.
No STF, o ministro Luís Roberto Barroso reforçou que qualquer tentativa de impedir a realização de eleições em 2022 “configura crime de responsabilidade”.
A tensão política entre os Poderes vai dividir as atenções com a expectativa de indicação do ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, para a vaga de ministro do STF que surge nesta segunda-feira, dia 12 de julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello e com o avanço da CPI da Covid.