CPI da Covid deve ser prorrogada hoje por mais 90 dias. Documentos que chegaram à comissão mostram que faturamento das farmacêuticas com o “kit Covid” chegou a R$ 1 bilhão
Documentos sigilosos que chegaram à CPI da Covid no Senado Federal revelam que as farmacêuticas do País faturaram mais de R$ 1 bilhão de reais com a venda do chamado “kit Covid”, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. O tratamento com cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e vitamina D, considerado ineficaz pelos cientistas para o combate ao coronavírus, representou um salto no faturamento em até sete vezes do setor farmacêutico. A CPI investiga a atuação de um gabinete paralelo ao Ministério da Saúde que recomendou o uso do “kit Covid” em todo o País.
A CPI da Covid segue nesta terça-feira, dia 13 de julho, com novos depoimentos. Os senadores ouvem a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, na tentativa de avançar na apuração da compra pelo Governo Federal da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Emanuela obteve no STF uma liminar que a autoriza a ficar em silêncio sobre fatos que a incriminem no depoimento à CPI.
Ainda nesta terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve confirmar a prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid por mais 90 dias.
