CPI da Covid retorna com depoimentos sobre oferta de propina na compra de vacinas e pedido de afastamento de Mayra Pinheiro do Ministério da Saúde
Com o fim do recesso parlamentar no Senado Federal, a CPI da Covid retoma nesta semana os trabalhos e promete novos capítulos envolvendo as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia.
Os depoimentos retornam nesta terça-feira, dia 3 de agosto, com o depoimento do reverendo e fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), Amilton Gomes de Paula. O depoente tem seu nome ligado à denúncia de pedidos de propina na negociação de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo federal. Amilton foi citado pela primeira vez na CPI em depoimento do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentou como representante da Davati Medical Supply.
Na quarta-feira, dia 4, é a vez do coronel Marcelo Blanco ser recebido para oitiva na comissão. Blanco é ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, quando teria supostamente participado do jantar no qual foi feito o pedido de propina. Ele foi citado pelo ex-diretor de logística da Saúde, Roberto Dias, durante depoimento da CPI.
Já na quinta-feira, dia 5, o empresário Airton Soligo, conhecido como Airton Cascavel, será ouvido como suspeito de ter agido na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello em diversas omissões federais ao longo do colapso da saúde pública em estados brasileiros.
Ainda neste retorno do inquérito, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD), garantiu que será votado um requerimento para pedir o afastamento da Dra. Mayra Pinheiro de seu cargo de secretária no Ministério da Saúde, após a cearense capitanear a difusão do tratamento precoce sem comprovação científica por todo o país.
