Ministério da Saúde suspende vacinação de adolescentes sem cormobidades. Secretários de todo o País reagem ao recuo de Marcelo Queiroga
Secretários de Saúde de todo o Brasil foram surpreendidos com a decisão do Ministério de Saúde de suspender a vacinação contra Covid-19 na faixa etária entre 12 e 17 anos, que não tenha cormobidades. Desde o fim do mês de agosto, vários estados já imunizam os adolescentes que fazem parte do público que mais tem aglomerado após as medidas de retomada econômica.
Sem conseguir explicar a suspensão com um motivo convincente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a aplicação da vacina contra Covid-19 em adolescentes foi feita de maneira “intempestiva” e criticou estados por não seguirem as orientações federais. Queiroga criticou a pressa de estados e municípios em querer imunizar os adolescentes.
A reação de secretários de saúde de todo o País foi imediata. O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) argumentam que “a vacinação dos adolescentes cumpre importante papel na estratégia de controle da pandemia no Brasil. Segundo o próprio Ministério da Saúde, mais de 3 milhões e 500 mil jovens já receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus no País. A vacina recomendada para a faixa etária entre 12 e 17 anos é a da Pfizer.
Nas secretarias estaduais de saúde, a reação foi de críticas à nota técnica do Ministério. Em São Paulo, o governo estadual já disse que vai manter o cronograma de vacinação do público adolescente. No Ceará, técnicos da Sesa e da Secretaria Municipal de Fortaleza devem se reunir para decidir o que será feito a partir de agora em relação ao processo de imunização dos jovens entre 12 e 17 anos.