Cresce a pressão sobre o Ministro da Saúde após suspensão da vacina do público adolescente

  • 18/09/2021

Criticado até por setores do próprio Governo Federal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está sob pressão após suspender a vacinação do público adolescente, na faixa etária entre 12 e 17 anos, contra a Covid-19. Integrantes da Câmara Técnica, formada por especialistas, infectologistas e epidemiologistas, que compõem o Plano Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, ameaçam demissão coletiva caso o ministro Marcelo Queiroga não retome a vacinação contra o coronavírus de adolescentes. Nem a Câmara Técnica, nem a Anvisa foram consultados na decisão do ministro de parar a vacinação.

Nesta sexta-feira, dia 17 de setembro, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) rebateu a decisão do Ministério da Saúde de restringir a imunização de adolescentes e recomenda que o Governo Federal mantenha a vacinação de todos os adolescentes de 12 a 17 anos contra a Covid-19. O conselho é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS), parte da estrutura organizacional do ministério.

Marcelo Queiroga disse em live que acatou decisão do presidente Jair Bolsonaro em suspender a vacinação por causa de um caso suspeito de reação adversa de uma adolescente de 16 anos, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, que morreu em 2 de setembro. A Secretaria de Saúde de São Paulo já atestou que a morte aconteceu por causa de uma doença autoimune da jovem, sem nenhuma relação com a vacina Pfizer.

O presidente Jair Bolsonaro segue com sua campanha anti-vacina, que só inibe a população a não tomar o imunizante. Como exemplo, ele segue para Nova York neste domingo, dia 19, onde participa da abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Vai participar de um evento mundial com chefes de estado de vários países sem ainda ter tomado a vacina contra Covid-19.

É ou não é um excelente exemplo?