CPI da Covid avança na descoberta de financiamento de empresários a sites que trabalham na divulgação de “fake news”
A CPI da Covid no Senado avança na descoberta do financiamento de empresários a sites que trabalham na divulgação de “fake news” no enfrentamento à pandemia. As informações falsas vão desde a divulgação de tratamento precoce que não existe até a uma campanha anti-vacina, que desestimula o acesso das pessoas a imunização contra a Covid-19.
Nesta sexta-feira, dia 24 de setembro, a TV Globo revelou documentos obtidos pela CPI que indicam como o blogueiro Allan dos Santos (foto), acusado de disseminar fake news, conseguiu financiamento de um empresário bolsonarista, Luciano Hang, dono das lojas Havan. Para isso, ele teve ajuda do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Os senadores conseguiram apurar que políticos, empresários e sites usaram a rede de disseminação de fake news, conhecida como gabinete do ódio, que também tem sua atuação investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para a CPI, a estrutura começou antes da pandemia, mas ganhou força na distribuição de informações falsas sobre tratamento e vacinas.
Bolsonaristas costumam abdicar da mídia tradicional para se informar apenas por sites e redes sociais, que disseminam informações comprovadamente falsas e vetadas pelas próprias plataformas.