Senadores governistas pressionam Planalto por verbas para votar a PEC dos Precatórios. Aprovação está sob ameaça
A PEC dos Precatórios passou na Câmara dos Deputados, mas precisa ainda ser aprovada no Senado. A expectativa é que a pauta vá a votação na próxima semana. Senadores da base governista estão pressionando o Palácio do Planalto por cargos e pela liberação imediata de emendas para votar na PEC. O Governo Bolsonaro, no entanto, está com dificuldade para atender as demandas.
A PEC limita o valor de despesas anuais com precatórios, corrige seus valores exclusivamente pela Taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos, de olho em viabilizar o Auxílio Brasil em 2022, depois de o Governo Bolsonaro acabar com o Bolsa Família.
A cúpula do Governo Bolsonaro reconhece dificuldades de aprovar a PEC dos Precatórios no Senado. Apesar das negociações, hoje ainda não há votos para a aprovação da medida.
Enquanto isso, os presidentes da Câmara Federal, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, apresentaram uma petição ao STF solicitando a revogação de trechos da decisão da Suprema Corte, ocorrida há cerca de duas semanas, na qual suspende o pagamento de emendas a parlamentares e impõe transparência ao orçamento secreto.
Senado e Câmara fazem ato para dar transparência na destinação das emendas, mas não mostram disposição em mostrar quais senadores e deputados federais foram beneficiados com recursos do chamado orçamento secreto.