Bomba fiscal no Congresso pode passar de R$ 230 bilhões no ano eleitoral

  • 14/02/2022

A pressão por medidas para tentar baixar o preço dos combustíveis no Congresso Nacional envolve uma queda de braço entre o Centrão e o Ministério da Economia. O apetite da ala política do Governo Bolsonaro por medidas de apelo popular em ano eleitoral será um desafio para a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que começa 2022 sob a pressão de uma bomba fiscal que pode passar dos R$ 230 bilhões.

O primeiro grande teste é a PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Combustíveis, que teve uma de suas versões batizada de kamikaze pelo time econômico, devido ao impacto potencial de mais de R$ 100 bilhões em troca de uma redução incerta de centavos no preço nas bombas e na conta de luz.

A equipe de Guedes ainda negocia uma desoneração localizada apenas no diesel, ao custo de R$ 17 bilhões. Mas permanece a pressão pelo avanço em paralelo de outras propostas relacionadas, como a instituição de subsídios para conter tarifas de ônibus urbano.