Bolsonaro se encontra com Putin, mas teve que fazer na Rússia o que não faz no Brasil

  • 16/02/2022

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu nesta quarta-feira, dia 16 de fevereiro, realizar o seu objetivo de ter um encontro com o líder russo Vladimir Putin, com direito a foto para atiçar a sua militância e afastar a imagem de um presidente isolado politicamente no mundo. Mas o que tirar de positivo da viagem a Moscou?

Para se encontrar com Putin, Bolsonaro e sua comitiva tiveram de usar máscaras de proteção facial desde o desembarque no território russo, se submeter a cinco testes da Covid-19, ter saídas para as ruas limitadas e ficar numa “bolha” criada para evitar contaminações dos russos. Vale lembrar que em outras viagens internacionais, Bolsonaro e comitiva têm um histórico de deixar um rastro de pessoas contaminadas.

O interessante no esforço de Bolsonaro em se encontrar com Vladimir Putin, mesmo em meio às tensões políticas entre Rússia e Ucrânia, é que o presidente brasileiro fez lá, o que não faz habitualmente por aqui. Se submeteu a protocolos sanitários rigorosos dos russos, enquanto no Brasil desrespeita o uso de máscaras, além de fazer campanha aberta contra a vacinação de adultos e crianças.

Definitivamente, em ano eleitoral parece que vale tudo para ter algo a apresentar aos apoiadores. Nem que seja uma piada de que ajudou a selar “a paz mundial” no conflito entre Rússia e Ucrânia.

Para completar os memes nas redes sociais, Bolsonaro ainda prestou homenagem em Moscou a um soldado soviético que lutou na Segunda Guerra Mundial, servindo a um governo comunista, ideologia que ele e seus aliados dizem querer banir. Talvez ele não soubesse nem o que estava fazendo ali.