Cresce jogo de empurra-empurra entre Governo e Petrobras, mas preço dos combustíveis não baixa
A pressão pela saída do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, cresce no Governo Federal. O presidente Jair Bolsonaro e a ala militar dentro do Planalto tentam transferir a responsabilidade pelo aumento dos combustíveis só para o general. Bolsonaro busca “vender” aos aliados que o problema de reajuste será solucionado apenas com a mudança no comando da Petrobras, como ele próprio já fez uma vez. Só que a política de preços da Petrobras, aliada ao mercado internacional, passa também pelo interesse dos acionistas da empresa, tanto majoritários, como minoritários. Não vai ser com “canetada presidencial” que irá resolver.
Enquanto isso, os preços da gasolina e do diesel continuam em alta. As consequências imediatas estão no transporte público e de cargas. Qualquer aumento no preço das passagens de ônibus pode gerar reação da população nas capitais e a categoria de caminhoneiros ameaça com novas paralisações se o diesel não cair de preço.
Com inflação subindo ainda mais, o gás de cozinha em disparada e os alimentos também com tendência de novos reajustes, a equipe econômica do Governo Bolsonaro terá de sair do discurso para a ação. Em ano de campanha eleitoral, tudo será possível se a economia não estiver bem.