Teto no ICMS pode gerar uma queda na arrecadação de até R$ 3 bilhões no Ceará, diz Sefaz. Caminhoneiros também avaliam ineficácia da proposta
A secretária da Fazenda do Ceará (Sefaz), Fernanda Pacobahyba, avalia que a proposta do Governo Bolsonaro de criar um teto na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos estados deve provocar uma queda de arrecadação no Ceará de cerca de R$ 3 bilhões de reais no ano.
Pacobahyba avalia ainda que a Petrobras continuará a elevar preços dos combustíveis, de acordo com o efeito da dolarização no preço do petróleo no mercado internacional. Ou seja, no fim das contas, o baque no caixa de estados e municípios não resultará em combustíveis mais baratos.
Entre caminhoneiros que enfrentam o problema da alta no diesel, a opinião não é diferente. A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) classificou a proposta que prevê teto para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis e a isenção dos tributos federais sobre o produto pelo Governo Bolsonaro, como uma “solução tabajara”. “Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa”, disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão.