Governistas e oposicionistas medem força na Câmara Federal na análise da PEC do Desespero
Os parlamentares governistas na Câmara dos Deputados tentam aprovar a “toque de caixa” a PEC do Desespero, que cria um “pacote de bondades” pelo Governo Federal. O deputado cearense Danilo Forte (União Brasil), relator da PEC que prevê pagamento de benefícios sociais somente até o fim do ano após as eleições, desistiu até de fazer alterações no texto. Ele queria incluir motoristas de aplicativo nos benefícios, mas desistiu porque o Governo Bolsonaro tenta a todo custo aprovar a PEC e passar a pagar os benefícios até o fim do mês.
O objetivo não é outro senão buscar algum efeito eleitoral para o presidente Jair Bolsonaro, que aparece atrás do ex-presidente Lula em todas as pesquisas para a disputa presidencial até agora.
A oposição busca mecanismos tentando atrasar a votação da PEC para o segundo semestre. Se conseguir adiar, a votação ficaria para agosto e o pagamento dos benefícios só seria iniciado em setembro, reduzindo as chances de a população sentir os efeitos com o pagamento antes da eleição, em 2 de outubro. Parlamentares da oposição votarão favoráveis à PEC, mas consideram que o pacote não pode ser usado como moeda eleitoral na corrida presidencial.
