Após crime em Foz de Iguaçu, pré -candidatos precisam selar um acordo por paz na campanha eleitoral

  • 11/07/2022

O assassinato de um militante do Partido dos Trabalhadores, em Foz do Iguaçu, no fim de semana, por um bolsonarista mostra que a campanha eleitoral deste ano deve ser marcada por um nível de violência inédito no País. A repercussão foi de indignação pelo meio político e pelos pré-candidatos ao Palácio do Planalto. Dirigentes de vários partidos devem pedir uma audiência no Ministério da Justiça ainda nesta semana para cobrar mais reforço na segurança da campanha eleitoral.

Mas a manifestação também deve partir dos próprios pré-candidatos à Presidência da República. O discurso armamentista e de ódio a quem pensa diferente politicamente que é adotado pelo presidente Jair Bolsonaro, todos os dias, só tem contribuído para que extremistas cheguem “às vias de fato” como aconteceu em Foz do Iguaçu. Se comprometer com a Democracia é adotar um discurso de paz, não de guerra ou de golpe.

O crime de Foz do Iguaçu certamente terá desdobramentos na campanha eleitoral. Infelizmente, é necessário acontecer uma tragédia para que o tema da violência política e da intolerância venha a chamar a atenção das autoridades públicas. E, agora, também da Justiça Eleitoral.

Intolerantes que não respeitam o pensamento alheio e não sabem conviver democraticamente, devem ser punidos exemplarmente. E quem comete crime, precisa ser condenado e preso.