Senado aprova intervenção no DF, com voto contra do cearense Luis Eduardo Girão. Bolsonaro e Torres devem voltar dos EUA para o Brasil
O Senado aprovou nesta terça-feira, dia 10 de janeiro, a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal (DF), decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último domingo. O texto foi aprovado na véspera pela Câmara dos Deputados. A intervenção no DF já foi promulgada no mesmo dia pelo Congresso Nacional.
No Senado, só votaram contra a intervenção, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Viana (PL-MG), Carlos Portinho (PL-RJ), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Luis Eduardo Girão (Podemos-CE), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zequinha Marinho (PL-PA), todos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Depois de receber alta médica de um hospital em Orlando, nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro já admite retornar ao Brasil. Diante da possibilidade de um pedido de extradição, Bolsonaro avalia qual o caminho a ser seguido diante das acusações de ter incentivado a tentativa de golpe de Estado no domingo passado, em Brasília.
Quem também está nos EUA e promete se entregar à Justiça brasileira é o ex-ministro do Governo Bolsonaro, Anderson Torres. Ele está com prisão preventiva decretada pelo STF, sob a acusação de ter sido omisso no papel de secretário de Segurança Pública do DF frente aos atos terroristas cometidos por bolsonaristas radicais. Ele foi nomeado pelo governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, também acusado de omissão nos ataques.