Avanço nas investigações vai complicando Bolsonaro e Michelle nas explicações sobre joias vindas da Arábia Saudita

  • 07/03/2023

A cada novo passo das investigações e novas denúncias trazidas na imprensa, complica a situação do casal Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro sobre as tentativas de liberar as joias trazidas da Arábia Saudita. Além do conjunto feminino que foi retido pela Receita Federal e avaliado em R$ 16 milhões e 500 mil reais, já se sabe que há um conjunto masculino que foi destinado a Bolsonaro e não passou pelo crivo dos fiscais da Receita na Alfândega. As joias masculinas ainda não foram localizadas.

Até os aliados políticos de Bolsonaro se mantêm calados diante da robustez das provas apresentadas até agora. Foram pelo menos oito tentativas do Palácio do Planalto para que a Receita Federal liberasse as joias sem o pagamento de impostos. Na última delas em 29 de dezembro do ano passado, na véspera da fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos, a partir de um ofício com brasão da República, o então secretário especial da Receita Federal Julio César Vieira Gomes deu ordem por escrito para que funcionários do Fisco entregassem a um emissário do ex-presidente as joias apreendidas no Aeroporto de Guarulhos. A entrega não aconteceu e as joias seguiram confiscadas. Coincidência ou não, Júlio César foi indicado por Bolsonaro como adido da Receita em Paris.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso das jóias. Já o PL decidiu adiar a viagem que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro iria fazer pelo País. Michelle é apontada como um plano B do partido visando às próximas eleições, caso Bolsonaro seja impedido pela Justiça de se candidatar a algum cargo público.