Comitê de Política Monetária do Banco Central volta a se reunir e sofre pressão por baixa de juros no País
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está marcada para esta terça-feira, dia 21 de março e quarta-feira, dia 22. A expectativa do mercado é que a reunião mantenha em 13,65% a taxa Selic. Mas a pressão pela baixa de juros é grande por parte do Governo Federal e também pelo empresariado. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se assumiu bolsonarista durante a última campanha eleitoral, tem recebido críticas do presidente Lula por insistir na tese de juros altos que atrapalha os investimentos previstos pelo Governo Federal e o consequente desenvolvimento econômico do País.
O norte-americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, participa do seminário ‘Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21’, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, dia 20 de março, ele disse que o Brasil vem sobrevivendo a uma “pena de morte” ao se referir à alta taxa de juros imposta pelo Banco Central, que classificou como “chocante”.
No mesmo evento, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, criticou a atual taxa de juros no Brasil. Alckmin afirmou: “Não há nada que justifique 8% de juro real acima da inflação quando não há demanda explodindo e de outro lado quando o mundo inteiro está praticamente com juro negativo”.
