Preso na operação da PF contra Jair Bolsonaro começa a ser investigado no caso Marielle Franco
A operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta-feira, dia 3 de maio, que investiga uma suposta fraude nos cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e assessores tem, entre os sujeitos envolvidos, um nome que também está na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
O denominador comum entre os dois inquéritos é Marcello Siciliano (Progressistas). O ex-vereador do Rio de Janeiro teria sido procurado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso nesta quarta-feira, para emitir um certificado falso de vacinação pelo município de Duque de Caxias (RJ). O documento falso seria para a esposa de Mauro Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, e funcionaria para Siciliano como uma “troca de favores”.
Ex-vereador do Rio de Janeiro, Marcello Siciliano aparece nos dois inquéritos e teria ajudado Mauro Cid com cartões de vacina. Ele não é tratado pela polícia como suspeito ou investigado pela morte da vereadora, mas estava com o visto de entrada nos EUA travado após ter sido acusado como mandante do crime em 2018.
A força-tarefa da PF que investiga a morte de Marielle Franco ouviu o militar da reserva e ex-candidato a deputado estadual Ailton Barros. Os investigadores pediram para tomar o depoimento dele após tomarem conhecimento da mensagem de áudio, enviada por Ailton ao tenente-coronel Mauro Cid, na qual dizia saber quem mandou matar a vereadora em 2018. “Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu? “, afirmou Ailton Barros.