Reportagem da Veja revela que Mauro Cid disse à PF que entregou dinheiro das joias “nas mãos de Bolsonaro”
O tenente-coronel Mauro Cid admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo recebidos por Jair Bolsonaro (PL), mas que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal. O ex-presidente da República afirmou que desconhecia o negócio e não havia recebido dinheiro proveniente de venda dos presentes. O depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal, que já faz parte do seu acordo de delação, desmonta essa versão. “O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas”, contou.
Os relatos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à PF fazem parte de uma reportagem da revista Veja, publicada nesta quinta-feira, dia 14 de setembro. Mauro Cid disse ainda que não tinha conhecimento da ilegalidade da venda de joias. “A venda pode ter sido imoral? Pode. Mas a gente achava que não era ilegal”, afirmou o militar.
