CPI sobre o padre Júlio Lancellotti se enfraquece após retirada de assinaturas de vereadores em São Paulo
O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o padre Júlio Lancellotti na Câmara Municipal de São Paulo perdeu força depois que pelo menos quatro vereadores retiraram suas assinaturas do requerimento, se dizendo enganados sobre o verdadeiro objetivo da comissão. O protocolo da CPI depende não apenas da obtenção de assinaturas, mas também da aprovação em plenário e a retirada de apoio dos vereadores indica uma possível perda de sustentação política.
Os vereadores se dizem surpreendidos com o direcionamento da CPI, alegam terem sido induzidos ao erro ao assinar o documento que, inicialmente, visava investigar organizações não governamentais (ONGs) atuantes na Cracolândia. A investigação sem propósito não deve ocorrer em razão da onda de apoio nas redes sociais recebida pelo sacerdote que cuida da população de rua em São Paulo.
Padre Júlio Lancellotti tem um trabalho reconhecido em prol da população mais pobre que vive nas ruas de São Paulo e sofre ataques constantes de bolsonaristas pelas redes sociais. O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor da proposta da CPI, é acusado pelos colegas de fazer perseguição política contra o padre Júlio para tirar proveito nas eleições municipais com eleitores de direita, que se posicionam contra o trabalho social de Lancellotti com moradores de rua.